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Mapas mentais: como usar na sala de aula?

Há uma série de recursos que podem ser utilizados em sala de aula para auxiliar os alunos ao longo do processo de aprendizagem e ajudá-los a memorizar os temas abordados. Entre eles está o mapa mental, técnica que traz uma abordagem diferente e muito interessante para complementar os estudos para muitas faixas etárias. Nesse post, nós explicamos o que é essa ferramenta e como ela pode ajudar as crianças, os adolescentes e todos nós a aprender! Confira.

A história por trás do mind mapping

Conhecido como mind mapping na língua inglesa, o mapeamento mental é uma técnica de anotação criada pelo inglês Tony Buzan durante os anos 60. Na ocasião, Buzan buscava uma maneira simples e concisa de estudar um assunto, conectar as suas informações e, consequentemente, facilitar a memorização. A partir dos seus estudos sobre psicologia, neuropsicologia, neurolinguística, semântica, teoria da informação, memória e pensamento criativo, ele criou essa abordagem que, desde então, auxilia muitas pessoas a estruturar os seus pensamentos de forma visual.

Ao longo de sua carreira, Buzan viajou ao redor do mundo e ensinou pessoas a “aprender a aprender” – uma habilidade considerada por ele muito importante. O inglês publicou mais de 80 livros sobre o tema, entre os quais está Mind Map Mastery. Na obra, o autor explica como os mapas mentais funcionam e a maneira como essa abordagem imita os mecanismos que nosso cérebro utiliza para processar informações. Dessa forma, a técnica nos ajuda a criar uma ordem lógica para o encadeamento de informações e permite a visualização de um tema de maneira sistemática.

Afinal, o que é um mapa mental?

Na imagem, você confere um exemplo de mapa mental feito digitalmente sobre o Trovadorismo, primeiro movimento literário da língua portuguesa.

A criação de um mapa mental é baseada na ideia de produzir um resumo visual de um conteúdo específico, elencando as informações mais importantes com o uso de palavras-chave, pequenos desenhos e ícones. As anotações são ligadas entre si com traços e setas, elementos que direcionam o olhar e também ajudam na construção do raciocínio.

Segundo Buzan, a técnica parte do princípio de que esses estímulos visuais pontuais ajudam o criador do mapa mental a interligar as informações sobre o assunto e, consequentemente, o auxiliam a lembrar dos detalhes. Assim os mapas dialogam diretamente com a sintetização de informações, a comparação e também a hierarquização, fatores que podem ser extremamente interessantes para o processo de aprendizagem em todos os níveis educacionais.

Os benefícios dos mapas mentais para os alunos

Incentiva a postura crítica

Quando usados em sala de aula, os mapas mentais contribuem para o processo de aprendizagem e auxiliam os alunos a memorizar o conteúdo ensinado. Essa técnica também proporciona o olhar crítico sobre as informações ou dados envolvidos no tema, já que o ponto de vista de cada aluno e sua análise das informações serão a base para construir a relação entre os conteúdos dispostos no mapa.

Facilita o aprendizado de conteúdos difíceis

O mapa mental ajuda os estudantes na compreensão de conteúdos mais densos e complexos, devido à possibilidade da criação e conexão de tópicos sobre temas específicos. Por isso, torna perceptível o processo de pensamento que cada aluno e toda a turma estão usando para compreender determinado tópico escolar, reforçando o aprendizado.

Melhora do poder de concisão 

Esse sistema de organização das informações dialoga diretamente com o poder de síntese. Os estudantes terão a oportunidade de exercitar os seus conhecimentos e ainda pensar sobre dados e fatos diversos de maneira clara, concisa e direta. Em paralelo, ocorre um grande ganho para o desenvolvimento do poder de estruturação das informações, possibilitando a memorização e incentivando a manifestação de dúvidas.

Os mapas mentais na sala de aula

Por esses motivos, os mapas mentais podem ser ferramentas úteis para os alunos em sala de aula e, ainda é possível aproveitá-los de maneiras distintas. Os mapas podem ser uma atividade diferente e divertida para rever um conteúdo que foi abordado nas aulas. O professor poderá acompanhar o processo, compreender o nível de aprendizado dos alunos e quais pontos devem ser reforçados junto à turma.

Também é possível usar os mapas mentais para incentivar os alunos que estão iniciando o contato com as avaliações, ou mesmo para ajudar os estudantes a revisar um tema mais denso que será cobrado nas provas ou nos vestibulares. Nesse caso, cada estudante poderá criar o seu próprio mapa mental, trocando ideias com os colegas. Ao final, podem trocar impressões sobre o processo e aproveitar o material para complementar os estudos em casa.

Atualmente, é possível encontrar diversas ferramentas on-line que permitem a criação de mapas mentais com facilidade. No entanto, realizar o processo à mão pode ser mais interessante para a fixação do conteúdo e também mais prático para a sala de aula. Basta usar uma folha de papel na horizontal e canetinhas ou lápis coloridos, por exemplo.

Lembre-se de instruir os alunos sobre a necessidade de colocar no centro da folha o tema que será mapeado e pedir que todos puxem as informações a partir desse ponto central. É importante ressaltar que é possível fazer ramificações saindo de cada informação e frisar que devem ser usados apenas desenhos e palavras-chave, não frases completas ou extensas.

Os mapas mentais mantêm os alunos mais envolvidos com as aulas e os ajudam a organizar conteúdos que podem soar desafiadores! Ao trazer essa técnica para a sala de aula, você poderá não só auxiliá-los de maneira pontual com um conteúdo em particular, como também ensinará uma técnica significativa para os seus estudos, a qual eles terão à mão para utilizar ao longo de toda a sua vida escolar, profissional e até pessoal.