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Matutino ou vespertino? Qual o melhor para o seu filho?

Uma das principais preocupações dos pais cujos filhos estão chegando à idade escolar é sobre qual o melhor período para estudar: matutino ou vespertino? Há uma série de pontos positivos e negativos para ambas as situações, que também envolvem questões relacionadas à rotina familiar e à disponibilidade de horários oferecidos pelas instituições de ensino. Para ajudar você nessa decisão, nós reunimos algumas questões que devem ser levadas em consideração para sua escolha. Confira.

Período matutino

Pontos positivos

O período matutino pode ser uma solução interessante para as crianças mais novas, já que o seu relógio biológico tem um funcionamento mais intenso nas primeiras horas do dia. Prova disso é que, normalmente, os pais são acordados ainda muito cedo pelos pequenos, enquanto os adolescentes dificilmente se levantam espontaneamente antes dos primeiros raios de sol.

Assim, como as crianças menores têm mais disposição e maior energia durante a manhã, assistir e participar das aulas nesse horário pode ser interessante para elas, diferentemente dos mais velhos. Além disso, vale lembrar que, inevitavelmente, essa poderá ser a jornada do seu filho ao longo de grande parte de sua vida escolar, já que poucas instituições oferecem a segunda fase do Ensino Fundamental e os três anos do Ensino Médio no período vespertino. Então, matriculá-lo no período matutino desde cedo pode ser uma solução para acostumá-lo com essa rotina.

Outro ponto positivo de estudar pela manhã é a sensação de que o dia está rendendo mais. Uma vez que seu filho estará acordado por mais tempo enquanto ainda está claro, é possível encaixar uma quantidade maior de atividades extracurriculares no período da tarde, por exemplo. Os benefícios ainda se estendem para a lição de casa, já que ao realizar as atividades no mesmo dia, o aluno garante a fixação do conteúdo com mais facilidade do que se estudasse a matéria apenas no dia seguinte.

Pontos negativos

Para algumas crianças pode ser extremamente desafiador acordar cedo. Diferentemente do que muitos acreditam, a dificuldade para levantar não tem relação com a simples preguiça, mas sim com o relógio biológico natural de cada um. Em alguns casos, é perceptível desde a infância que a criança precisa de mais horas de sono para sentir-se disposta, ou mesmo que ela não se sente bem acordando extremamente cedo.

Aqui, cabem ainda recomendações para os pais de adolescentes. Nos anos entre a infância e a vida adulta, o organismo humano precisa de cerca de nove horas de sono todas as noites. Além disso, fatores biológicos, como a crescente produção hormonal, podem influenciar e aumentar a sonolência. Com a rotina corrida e a grande quantidade de obrigações, pode ser cada vez mais difícil para os adolescentes acompanhar as aulas com entusiasmo e, claro, também conseguir ir dormir um pouquinho mais cedo. Por isso, os alunos em etapas mais avançadas da vida escolar podem sentir maior dificuldade para despertar pela manhã e, consequentemente, não acompanhar de maneira apropriada o conteúdo ministrado nas primeiras aulas do dia.

É preciso ter em mente que, por vezes, levantar muito tempo antes de sair de casa nem sempre é possível. Por esse motivo, o café da manhã pode se transformar em uma refeição negligenciada, feita às pressas, o que pode resultar em má alimentação e prejudicar o desempenho escolar. Outro ponto é que, ao sair de casa nas primeiras horas do dia, os alunos enfrentam temperaturas mais amenas, sobretudo no inverno. Como resultado, problemas respiratórios podem ser agravados com mais facilidade.

Período vespertino

Pontos positivos

O período vespertino pode trazer uma série de vantagens para os alunos. O primeiro deles é que, nesse caso, as crianças dificilmente precisam acordar antes das 7 horas, o que traz inúmeros benefícios para o seu bem-estar e permite uma rotina de sono ainda mais uniforme. O café da manhã também se transforma em uma refeição mais tranquila e saudável, preparando o aluno para começar o dia bem alimentado.

No caso dos pais que entram um pouco mais tarde no trabalho, não há a necessidade de “cair da cama” para deixar os filhos na escola. Já para aqueles que trabalham até mais tarde, há a segurança de saber que seu filho ainda dormirá a quantidade de horas necessárias, mas poderá brincar com a família um pouco mais.

Você sabia?

Há uma série de estudos internacionais que defendem que os horários escolares do período matutino no Brasil são problemáticos, já que as aulas começam cedo demais – por volta das 7h30. O horário seria um fator extremamente prejudicial para a rotina de sono das crianças e, principalmente, dos adolescentes, comprometendo seu desempenho escolar.

Segundo pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente (IPOM), os adolescentes brasileiros entre 14 e 18 anos estão dormindo mal e enfrentando diversos distúrbios do sono. Entre os 1.830 entrevistados, 94% afirmam sentir-se sonolentos ou perceberem a queda do rendimento na escola durante o dia. Ainda, cerca de 43% dos jovens afirmam dormir apenas de 3 a 5 horas por noite.

Um estudo da Universidade de Aveiro, em Portugal, defende a tendência das escolas iniciarem as aulas da educação infantil mais tarde. Além disso, argumentam que iniciá-las mais cedo para os pré-adolescentes e adolescentes é considerada uma “contradição com a fisiologia humana”.

Pontos negativos

Acordando mais tarde, a criança poderá ter maior dificuldade quando tiver que levantar cedo e, portanto, encaixar algumas atividades extracurriculares em sua rotina será desafiador em um primeiro momento. Ainda, quando não forem feitas à noite, as tarefas e atividades de casa serão realizadas apenas no dia seguinte.

Além disso, é necessária atenção para a dinâmica familiar. Para muitos dos pais que trabalham fora, a opção pelo período vespertino traz consigo a necessidade do transporte escolar para levar o filho em segurança até a escola.

Os diversos cronotipos

Diversos especialistas ligados à área da saúde afirmam que, quando o assunto é a disposição ao longo dos diferentes períodos do dia, as pessoas podem ser divididas entre três grandes classificações, pautadas sobretudo em traços genéticos. Tais classificações recebem o nome de cronotipos.

O primeiro cronotipo é o matutino típico, alguém que está sempre disposto a acordar cedo e faz todas as suas atividades com grande disposição nas primeiras horas do dia. O segundo cronotipo é chamado de vespertino típico, nome dado àqueles que desenvolvem uma grande quantidade de atividades sem dificuldades ao longo da tarde e da noite. Por fim, os cronotipos intermediários são aqueles considerados indiferentes aos diversos períodos do dia.

O cronotipo exato de alguém só pode ser definido de maneira concreta através de um questionário específico e com o acompanhamento de profissionais responsáveis. No entanto, quando se trata da escolha do melhor período para que seu filho frequente a escola, a observação já é uma ótima aliada. Normalmente, crianças vespertinas tendem a preferir acordar tarde desde a primeira infância, enquanto as matutinas apresentam facilidade para se levantar cedo desde pequenas.

O importante é respeitar ao máximo o ritmo biológico da criança, garantindo uma infância mais saudável. Nos anos iniciais, muitas escolas oferecem a opção matutina e vespertina, sendo possível analisar as opções e realizar uma escolha consciente. Já para os maiores de 12 anos, quando a escolha não for possível, a solução é encontrar opções que ajudem a recuperar as horas de sono e estimular a disposição diante de uma rotina que poderá ser cada vez mais cansativa.

Ao optar pelo período matutino ou vespertino para o seu filho, é essencial ter em mente a importância do estabelecimento de uma rotina. Aos poucos, o organismo pode se adaptar e, com isso, tornar a realização das tarefas diárias mais prazerosas. Por isso, reflita sobre o perfil do seu filho e encontre a melhor maneira de aliar o seu bem-estar à rotina da família e aos programas oferecidos pelas instituições de ensino.12.mar.2019

O ano pré-vestibular costuma moldar a rotina dos jovens, que muitas vezes se concentram totalmente no objetivo de conquistar uma vaga na universidade. Enquanto a escola disponibiliza toda sua estrutura física e funcionários capacitados, os pais também não escapam dos efeitos do período, experimentando sensações que só quem está junto do vestibulando entende, como as que separamos nos itens a seguir. Confira!

1) Incerteza sobre o seu papel nesse período

Durante o período pré-vestibular, é comum ter dúvidas em relação ao que fazer para ajudar os filhos. É realmente difícil equilibrar as conversas e as atitudes, tentando não cobrar demais nem dar a entender que se preocupa de menos. Isso pode até fazer você se sentir “de mãos atadas”, já que não pode agir diretamente para ajudar na aprovação do seu filho.

Contudo, você pode fazer sua parte, oferecendo todo o suporte possível para que seu filho tenha acesso a uma preparação de qualidade. Promova também apoio psicológico, seja por meio de conversas dentro de casa, seja orientando o jovem a procurar acompanhamento especializado e profissional.

2) Insegurança com a escolha do curso

Pode ser um pouco complicado entender a escolha de curso do seu filho, principalmente se você sonhava que ele seguisse outra carreira. Também é comum sentir alguma insegurança em relação ao futuro da profissão escolhida pelo jovem. Porém, é importante entender que a decisão realmente deve partir do estudante, e cabe a você orientar e ajudá-lo a se certificar do que realmente quer. Para isso, pesquise um pouco mais sobre o ofício desejado por seu filho e o incentive a conversar com algum profissional da área.

3) Ansiedade pela realização das provas

A espera pela aplicação das provas também atinge os pais, principalmente durante as semanas que antecedem a realização dos principais vestibulares do ano. Nesse momento, ao notar o cansaço do seu filho, é normal que você torça para que tudo se resolva logo. Porém, procure não transparecer esse anseio e ajude-o a se distrair, convidando-o para jantar fora de casa ou para dar um passeio no parque, por exemplo.

4) Ansiedade por resultados

As perguntas constantes sobre as provas podem parecer uma certa “pressão” por resultados. Por mais que essa não seja a intenção, as conversas podem assumir um teor de cobrança e deixar o jovem ainda mais inseguro. Entenda que é fundamental participar da rotina de estudos do seu filho e se fazer presente, porém, não há necessidade de que isso se torne uma cobrança rotineira.

5) Receio por imaginar que o filho irá sair de casa

Muitos estudantes pretendem ingressar em universidades fora de suas cidades natais, o que significa que sairão de casa ao final do período pré-vestibular. Por vezes, o momento de mudança é delicado para ambos os lados. Por isso, é  fundamental não deixar que a sua preocupação interfira na concentração e na preparação do seu filho para as provas.

6) Orgulho do esforço dos filhos

Ver o seu filho indo todos os dias para a escola, frequentando as aulas, estudando em casa e realizando uma série de simulados dá até uma sensação de orgulho! É  sinal de que ele está crescendo, se esforçando e iniciando a vida adulta, mostrando força de vontade para correr atrás dos próprios sonhos. Aproveite bastante esse momento de satisfação e faça questão de dizer para o seu filho que você estará lá para tudo que ele precisar!

7) Medo de não dar certo

O medo de não passar no vestibular não rodeia somente a cabeça dos estudantes, mas também as dos pais. Porém, você deve confiar na dedicação do seu filho e acreditar que todo o esforço irá valer a pena! Além do mais, deixe claro que se ele não passar da primeira vez, terá outras chances para evoluir no processo de aprendizado e tentar de novo em outra oportunidade. O importante é demonstrar apoio e estar junto do jovem em todos os momentos da preparação para o vestibular!