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Sementes

A semente é uma estrutura que confere grande vantagem adaptativa aos grupos vegetais que a possuem, uma vez que atua como dispersora.

As sementes são estruturas extremamente importantes para a sobrevivência das plantas no ambiente terrestre. Elas são responsáveis por proteger o embrião, além de garantir a dispersão das espécies pelo ambiente.

Plantas com sementes surgiram há aproximadamente 365 milhões de anos, no período Devoniano. O surgimento das sementes conferiu vantagem evolutiva para muitas espécies, uma vez que elas são mais resistentes que os esporos das espécies ancestrais. As sementes podem ficar dormentes por um período superior ao dos esporos, além de apresentarem um suprimento nutricional que proporciona ao embrião a energia necessária para sobreviver em condições adversas.

  • A semente e suas partes

A semente é o óvulo desenvolvido e fecundado, ou seja, contém o embrião. Ela é formada basicamente por três partes básicas: embrião, suprimento nutricional e revestimento protetor.

Nas gimnospermas, o óvulo é constituído pelo núcleo, que contém o mega gametófito (formado por tecidos nutritivos e arquegônios), e pelo tegumento que o envolve. Nesse grupo de plantas, o óvulo, após fecundação, desenvolve-se, e o tegumento forma o revestimento protetor da semente.

Nas angiospermas, o processo de fecundação é mais complexo. O zigoto origina o embrião; o núcleo primário do endosperma origina, após várias mitoses, o endosperma (tecido que acumula reservas); por fim, os tegumentos do óvulo formam o revestimento protetor da semente (testa da semente). O embrião maduro dessas plantas é formado por um eixo e cotilédones, que podem apresentar-se em número de dois (dicotiledôneas) ou apenas um (monocotiledônea)

Pode-se perceber, portanto, que a semente das gimnospermas e a das angiospermas diferenciam-se em razão da origem do material nutritivo. Nas gimnospermas, a reserva é proveniente do gametófito feminino; nas angiospermas, sua origem é do endosperma.

  • Dispersão de sementes

As sementes são as unidades de dispersão das plantas e, para exercerem seu papel, contam com uma variada gama de estratégias. Algumas sementes, por exemplo, são transportadas pelo vento; outras, pela água ou por organismos vivos. Existem ainda aquelas que são literalmente lançadas para fora do fruto por meio de processos explosivos.

As sementes transportadas pelo vento são leves e normalmente possuem estruturas que auxiliam o voo, tais como as alas. As sementes que são levadas pela água possuem tecidos que armazenam ar, permitindo assim a flutuação e impedindo que essa substância cause danos ao embrião. As sementes que são transportadas por animais podem ter estruturas que facilitam a adesão (nos pelos, por exemplo) ou ainda contar com frutos deliciosos que servem de alimento para algumas espécies.